Dra. Mariana Ortega – Reumatologista

Diagnóstico e tratamento da Artrite Reumatoide

Dra. Mariana Ortega Perez, MD, PhD
Reumatologista
CRM/SP: 146040
RQE: 108328

Como fazemos o diagnóstico da artrite reumatoide?

O diagnóstico se dá pela presença de artrite, rigidez articular matinal de pelo menos 1h, elevação de marcadores inflamatórios (VHS e PCR), presença de fator reumatoide e anti-CCP (lembrando que pacientes com artrite reumatoide podem apresentar fator reumatoide e anti-CCP negativos) e alterações radiográficas (presença de erosões ósseas). Paciente com doença precoce apresentam RX normal, sem lesões óssea, e as alterações inflamatórias das articulações apareceram apenas no ultrassom ou ressonância magnética articular.

  • Importante: Outras doenças podem causar artrite, como: osteoartrite (artrose), lúpus eritematoso sistêmico, síndrome de Sjögren, gota e infecções.

O que é o fator reumatoide?

Fator reumatoide é um anticorpo presente na artrite reumatoide e em outras doenças, como, por exemplo, na síndrome de Sjögren. Indivíduos saudáveis e idosos podem apresentar fator reumatoide positivo, sem necessariamente indicar presença de doença. Desse modo, o fator reumatoide deve ser solicitado dentro de um contexto clínico.

Pacientes com artrite reumatoide sempre apresentam fator reumatoide positivo?

A presença do fator reumatoide não é indicativo de artrite reumatoide (outras doenças podem cursar com fator reumatoide positivo). Do mesmo modo, fator reumatoide negativo não exclui artrite reumatoide. Nos pacientes com artrite reumatoide e fator reumatoide negativo, podemos solicitar um outro marcador mais específico, o anti-CCP.

  • Importante: Sabemos que pacientes com altos títulos de fator reumatoide e anti-CCP são pacientes mais graves, com quadro articular mais severo.

Como tratamos a artrite reumatoide?

O tratamento da artrite reumatoide divide-se em não-medicamentoso e medicamentoso.

  • Tratamento não-medicamentoso:
    • Orientação sobre a doença e o tratamento
    • Orientação sobre anticoncepção (pacientes em atividade de doença e uso de imunossupressores)
    • Terapia cognitivo-comportamental
    • Reabilitação (fisioterapia motora)
    • Uso de órteses e meios auxiliares de marcha (quando indicados)

  • Tratamento medicamentoso:
    • Glicocorticoide (na menor dose possível)
    • Anti-inflamatórios
    • Imunossupressores (como metotrexato e leflunomida)
    • Imunobiológicos

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