As miopatias inflamatórias são um grupo de doenças autoimunes raras que cursam com inflamação nos músculos e consequente destruição muscular....
Ler maisDra. Mariana Ortega Perez, MD, PhD
Reumatologista
CRM/SP: 146040
RQE: 108328
A fibromialgia é uma síndrome dolorosa crônica que cursa com dor difusa, por todo o corpo. Embora a dor seja o grande estereótipo da fibromialgia, outros sintomas também podem estar presentes, como fadiga (cansaço extremo para realizar as atividades diárias), transtorno depressivo e de ansiedade, cefaleia (dores de cabeça), alterações de ritmo intestinal (intestino irritável, com variações entre diarreia e constipação) e sono não reparador (acordar cansado, como se não tivesse dormido). A fibromialgia acomete, em sua maioria, mulheres por volta dos 30-50 anos, podendo ocorrer, em menor frequência, em crianças, adolescentes e idosos. De cada 10 pacientes acometidos, 9 deles são mulheres. A fibromialgia é uma doença comum e, no Brasil, atinge cerca de 2,5% da população.
Não sabemos ao certo a causa da fibromialgia. Acredita-se que a fibromialgia tenha componente multifatorial, com participação de fatores genéticos e ambientais. Alguns pacientes relatam ter desenvolvido a fibromialgia após um gatilho ambiental, como trauma físico ou emocional muito grande, o que necessita ser sempre avaliado e abordado adequadamente.
Pacientes com fibromialgia apresentam um limiar de dor mais reduzido, levando a uma alteração na percepção da dor. Isso ocorre por uma alteração nas vias da dor e nos neurotransmissores que passeiam por estas vias. Os neurotransmissores são substâncias que atuam como mediadores da dor. Há neurotransmissores analgésicos (reduzem a sensação de dor) e álgicos (aumentam a sensação de dor). Pacientes com fibromialgia apresentam níveis reduzidos de serotonina (neurotransmissor analgésico) e níveis aumentados de substância P (neurotransmissor álgico).
Pacientes com fibromialgia apresentam dor difusa. Esta dor pode ser de diferentes tipos: em pontada, queimação ou peso. A dor que o paciente com fibromialgia sente é real. Costumo sempre ressaltar isso, porque, infelizmente, a dor provocada pela fibromialgia é, muitas vezes, negligenciada. Além da dor e, não raro uma das principais queixas, está a sensação de exaustão, é o que chamamos de fadiga. A fibromialgia acarreta uma sensação de cansaço extremo, que impede o paciente de fazer desde as atividades mais rotineiras até atividades que anteriormente causavam prazer.
Há uma série de outros sintomas, como cefaleia, distúrbios do sono, alterações intestinais, alterações de memória e atenção, ansiedade e depressão. Cerca de 30-50% dos pacientes com fibromialgia apresentam depressão, ansiedade ou alterações de humor. Cabe ao reumatologista identificar todos estes sintomas e guiar o tratamento multidisciplinar do paciente.
Além da dor, o paciente com fibromialgia pode apresentar uma série de outros sintomas, que chamamos de sintomas satélites.
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